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O vento sobra de rajada sem se incomodar com mais nada
Apenas com a rigidez catalítica dos imigrantes
E a inquietação sonora das mães à espera
E a fala dos vizinhos nos diálogos vespertinos
O vento sobra e deixa um rasto de nuvens também sonoras
Pequenas performances meteorológicas para quebrar a monotonia
E acompanhar com o serpenteado de vozes
Todos juntos aguardam a noite nas portas
Haverá uma jangada que se afasta
E um amor que regressa
O vento não é apenas um doidivanas
Poliniza a vida de mistério e oportunidades
Até as eólicas se inquietam com o vendaval de julho
A brisa suave é como sopro no coração
O sopro puxado é como um abanam na vida
Um espectro de inquietação de tirar o folego
José Gomes Ferreira
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