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Ainda me contam sobre a sardinha assada
De como a miséria se repartia e todos comiam
Reforçam a narrativa da sardinha dividida por três
Por vezes chego a duvidar
Não que duvide dos meus antepassados
A maioria não tinha como comprar alimentos
Vivia apenas do que a terra dava
O pão era feito com milho e mistura de centeio
A carne resultava da matança e salga do porco
Parte do qual ia também para enchidos e vinha d'alhos
Poderia haver disponibilidade de carne de coelho
Raramente se matavam galinhas, só por motivo de desta ou para uma canja em caso de doença
A maioria das famílias tinha dificuldade em comprar arroz ou massa
Comia o que a terra dava, sobretudo batata, feijão e hortaliças
Quantas vezes as favas "não apertavam" de excesso
Nem sempre havia dinheiro para sardinha
Ainda assim, ela chegava fresca no comboio "Rápido" vinda da Figueira da Foz
Sardinha na brasa era ostentação, levava o cheiro povo acima
José Gomes Ferreira
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