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Sou muito mais que o cabo de enxada que amaciei
E que a coruta de milho que derrubei
Sou muito mais que os livros que escrevi
E os amores que me convenci ter
Sou muito mais que as viagens que já fiz
E as muitas publicações que li
Sou muito mais que a história que conhecem
Ou o repertório que encostam aos dedos
Sou mais que a taxonomia do verbo
Sou o encanto desprezado na pressa dos dias
O vinho que derramam a contar com o excesso
A espera pelo repetir dos reencontros
Sou muito mais que tudo isso
Também sou sonho e esperança
Também sou sangue e ternura
Sou saudade e rigor na imensidão
Corpo e matéria para dar alicerce às ruas
Desejo e vontade de escutar a compaixão
José Gomes Ferreira
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