Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]



Se não for nacional não quero

por José, em 30.01.25

Alguns portugueses, motivos por arruaças ideológicas, dizem mundos e fundos sobre os imigrantes, provavelmente muitos deles cresceram com emigrantes na família que passaram pelo mesmo, mas a memória é curta. Deixando esse tema de lado, não deixo de me preocupar com uma situação cada vez mais recorrente e, assim sim, afecta a identidade nacional, a imagem e a economia.


A maioria das lojas na área turística de Lisboa vendem gato por lebre. O que parece ser artesanato são um conjunto de bugigangas produzidas na China e outros países. Numa das lojas encontrei apenas alguns Galos de Barcelos em metal, com um pretenso selo de “Produzido em Portugal” e umas sardinhas porta-chaves com a inscrição adicional “Feitas à mão”, assim como uma ou outra peça de cortiça. Outrora a maioria dos galos e as imensas sardinhas eram de barro/cerâmica, o que parece estar a desaparecer para dar lugar a coisas que não nos dizem nada. Obviamente, não visitei todas as lojas, visitei 3 ou 4, bem como dei uma olhada na loja do aeroporto.

20250122_144200.jpg


Mais importante que correr com os imigrantes, que precisa de coerência, racionalidades e humanidades, gostaria de ver as entidades competentes a boicotarem determinados produtos que imitam o que é nosso. Ser um indiano, um brasileiro ou um português a realizar o atendimento pouco se me dá, mas se são lembranças com os símbolos de Portugal ou de Lisboa essa produção deve ser, obrigatoriamente, nacional. Tudo mais é treta ideológica que as televisões adoram por adorarem o conflito. Assim como os políticos que querem aparecer, mesmo sem nada de novo a apresentarem.

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 12:25


12 comentários

Sem imagem de perfil

De Anónimo a 31.01.2025 às 12:46

E deveria ser assim para tudo.
Dar preferência ao que é produzido em Portugal.
E não se deixem enganar pelo Código de barras a começar no 560... pode ser um produto importado e embalado cá.
Imagem de perfil

De José a 31.01.2025 às 13:43

Depende sempre do produto, no caso que refiro são produtos que remetem à identidade nacional, pelo que faz sentido a minha afirmação. Obviamente que nem tudo é resultado do saber fazer português, aí os critérios são outros. Neste caso é lamentável que a venda destes produtos não seja fiscalizada.
Sem imagem de perfil

De Anónimo a 31.01.2025 às 15:50

Ó José, logo hoje, 6ª feira, dia de sol aqui no Minho, vem você para aqui encher chouriços com o que se passa em Lisboa. Vá antes a Barcelos, compre um galo de barro, de tamanho quase natural e pintado à mão, demore-se a contemplar a estátua de Sá Carneiro (tope bem os saltos dos sapatos) e delicie-se com uma bela rojoada e um belíssimo branco verdasco e fresco. Vai-lhe fazer passar todo esse seu azedume.
Imagem de perfil

De José a 31.01.2025 às 16:19

Não entendo como azedume, a minha leitura vem na sequência de alguns debates sobre o tema. Lisboa está conquistada por produtos da globalização que se fazem passar por produção nacional. Gostaria muito de ir a Barcelos, mas mal consegui estar na terra e visitar a família.
Sem imagem de perfil

De s o s a 31.01.2025 às 23:33

pronto, disse :
se nao for nacional, nao aceito, nao quero.

Estou desprevenido, pode ser que noutro momento encontre algum comentario a contrariar, credivelmente.

Afinal o tema sao os imigrantes, mas passa pelo tema como se por brazas quentes, sem motivos mas ...movido.
Saude.
Imagem de perfil

De José a 31.01.2025 às 23:47

Leu mal a minha reflexão, não me viu criticar os imigrantes. Sou emigrante e filho de emigrantes, não criticaria quem procura uma vida melhor em Portugal. Lamento que o post tenha sido destaque e atraído visitas ideológicas. O objectivo era falar sobre o que se vende no turismo.
Sem imagem de perfil

De s o s a 01.02.2025 às 01:41

tambem lamento ...ate certo ponto :

a unica critica que fiz, e indiretamente, foi de oposiçao ao seu elogio incondicional á imigraçao. Espero que ao menos agora compreenda.

Já quanto a visitas ideologicas, nem vou comentar, só perguntar :
consegue abordar a problematica (imigraçao) despido ?
(se necessitar tambem lhe explico o significado de despido)
Saude.
Imagem de perfil

De José a 01.02.2025 às 02:23

Certo! Mas não fiz nenhum elogio incondicional à imigração, apenas não a denegri. Eu seu quero trabalhar no estrangeiro sujeito-me as regras migratórias, que são bastante rígidas, apesar de teoricamente existirem acordos de cooperação entre os países de língua portuguesa, que pelos vistos não cumprem o princípio da reciprocidade.
Sem imagem de perfil

De Anónimo a 01.02.2025 às 03:46

A expressão “treta ideológica” espelha bem o patriotismo rançoso, importado sabe-se lá de onde, que atravessa todo o seu texto.
Imagem de perfil

De José a 01.02.2025 às 04:53

Deixa as considerações sobre carácter para outras ocasiões, qualquer classificação no decorrer da narrativa eu próprio resolvo.
Sem imagem de perfil

De Anónimo a 03.02.2025 às 02:01

A frase vale por si e pela confusão mental de quem a escreve. Não é uma questão de carácter ou, no caso, de falta dele. É pechisbeque. E, como insinua o tratamento por ‘tu’, remete para a manifestação pública do elogio à pesporrência associada ao culto do autoritarismo, que, infelizmente, ainda medram neste país, tantos anos depois de Salazar. Saudosismos.
Imagem de perfil

De José a 03.02.2025 às 02:30

O tratamento por tu foi um lapso que não consegui depois corrigir. Quanto ao resto deixe de coisas, não nos conhecemos e não é por uma mini-reflexão, que normalmente não teria mais de uma dúzia de leituras, que acha que me conhece.

Comentar post



Mais sobre mim

foto do autor


Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.



Arquivo

  1. 2025
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2024
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2023
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2022
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D