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Alguns portugueses, motivos por arruaças ideológicas, dizem mundos e fundos sobre os imigrantes, provavelmente muitos deles cresceram com emigrantes na família que passaram pelo mesmo, mas a memória é curta. Deixando esse tema de lado, não deixo de me preocupar com uma situação cada vez mais recorrente e, assim sim, afecta a identidade nacional, a imagem e a economia.
A maioria das lojas na área turística de Lisboa vendem gato por lebre. O que parece ser artesanato são um conjunto de bugigangas produzidas na China e outros países. Numa das lojas encontrei apenas alguns Galos de Barcelos em metal, com um pretenso selo de “Produzido em Portugal” e umas sardinhas porta-chaves com a inscrição adicional “Feitas à mão”, assim como uma ou outra peça de cortiça. Outrora a maioria dos galos e as imensas sardinhas eram de barro/cerâmica, o que parece estar a desaparecer para dar lugar a coisas que não nos dizem nada. Obviamente, não visitei todas as lojas, visitei 3 ou 4, bem como dei uma olhada na loja do aeroporto.
Mais importante que correr com os imigrantes, que precisa de coerência, racionalidades e humanidades, gostaria de ver as entidades competentes a boicotarem determinados produtos que imitam o que é nosso. Ser um indiano, um brasileiro ou um português a realizar o atendimento pouco se me dá, mas se são lembranças com os símbolos de Portugal ou de Lisboa essa produção deve ser, obrigatoriamente, nacional. Tudo mais é treta ideológica que as televisões adoram por adorarem o conflito. Assim como os políticos que querem aparecer, mesmo sem nada de novo a apresentarem.
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