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Não sei se a idade me cansa ou acelera
Na distância que se faz nostalgia
Em toda a lembrança trazida
Nos fios de ouro e era
No hábito de sempre me fazer presente
Sinto falta do cheiro a terra
Na chuva que corta o pó
E atravessa a vinha e o olival
Como quem perfuma o mundo
E rega as raízes em espera
Sinto saudades da brisa de Outono
Das cores que dão encanto à paisagem
E da necessidade nocturna de aconchego
No resto da conversa na esplanada
Sinto saudades do abraço regado
Nas tiras de pão, carne e vinho
Com histórias de encontros vividos
Nas paisagens para além do coração
E que ficam para sempre se recordar
Sinto falta do sangue que motivou a nascença
E se perpetua nos laços de afecto
Que na distância são diálogos
Capazes de fazer vacilar a preocupação
E que se repetem na frequência dos dias
José Gomes Ferreira
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