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Lá no Norte o mercúrio substitui o alimento
E a fome não enche barriga
O garimpo atravessa as aldeias
E a saúde das populações é esquecida
Lá no Norte contaminam-se os povos da floresta
E o mundo assiste ao regozijo do capital e do ódio
Homens, mulheres e crianças tombam com a força do massacre
E ao silêncio da invasão que consome as terras
Que arrasta o mato na destruição e mistura as águas com veneno
O homem branco acena com o progresso
Mas lá no Norte só a morte progride e nem se fala na exploração
Lá no Norte o amor ancestral chora o fim da civilização
E a política escolhe narrativas para esconder as lágrimas
Lá no Norte tem gente, povos de sangue nas veias que misturam natureza e dignidade
Os Yanomami merecem a nossa atenção
José Gomes Ferreira
*este Norte é a região Norte do Brasil
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