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Rosto ao vento

por José, em 14.01.25

O vento sopra de nortada
E arrepia
Antecipa a saudade
Concentra a fragrância do corpo
Que se esconde no aconchego
A vida não se resolve sem movimento
O vento sopra de todos os lados
Aponta partidas e destinos
Alguns ficam nas suas casas
A mim chamam-me de vários lugares
Também sou eu que grito a mim mesmo
Ordeno que me ponha a mexer
O vento sopra e seca as lágrimas
É na noite repleta e íntima que se desfazem
Não correm atrás do comboio
Soltam-se em dias de nostalgia
Não que se lamentem
O caminho percorrido tem sido elegante
Amigo do gosto sonoro da felicidade
Soltam-se a reconhecer a satisfação
O louvor do que é diverso nas escolhas

José Gomes Ferreira

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publicado às 22:28



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