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Não isolo totalmente o pensamento
Também ouço de surdina o azul
Sem comentários e encavalitado na crença pueril
Simplesmente a olhar a felicidade que transparece
A seguir o vento entre a alma e os espelhos
Atento aos mirones e aos juízos
Talvez não enxergue a realidade com precisão
Perco-me no embalo dos sonhos em falta
Solto intenções até chegar ao carvão
Tantas vezes disserto sobre o amor
E sobre o dogma da memória em todas as partes
Não abdico da diferença e do estandarte das melodias
Carrego comigo a vontade pela luta e obstinação
A riqueza que procuro é a da paz e gentileza dos dias
O traço latejante sobre o reflexo anónimo
Quem sabe serei descoberto na parcimônia dos séculos
José Gomes Ferreira
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