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Tem trovão na mata que assusta
E água que rapidamente escorre do monte
Vivo e sonoro o homem é transformado
Corre para onde tiver ajuntamento
Chega a levar a imagem dos santos consigo
Olha bem de cima a chuva
E chama Deus aos herdeiros
Assim festeja de corpo e alma
Nas barragens que sangram
Transborda também a felicidade
O sertanejo não aceita a contramão
Agradece as bênçãos e a natureza
Retém as imagens por décadas
Por vezes a espera é longínqua
É necessário acreditar e lutar
Uma parte é fé, outra é resistência
Nunca é resignação e benevolência
É nobre e estóica a sua narrativa
Traz esperança a tantas gerações
E leva o seu querer além fronteiras
A água é a seiva da vida, fonte de toda a riqueza
José Gomes Ferreira
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