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É o sabor a luar, a água gelada
Pessoas no vai e vem
A iminência do que pode resultar
Na noite e dia vai alegre o corpo
Composto de carne e formas
De desejo desperto e futuro receoso
Agora é veludo e sonho
Tudo o que lembra paz e semblante
O amor anda tão escondido
Dizem-lhe que não interessa mais
Não tem valor na ilusão das coisas
Ninguém o troca mais por promessas
Nem modos de vida soberbos
A própria crença não tem valor
Foi exposta ao prazer e ao brilho das moedas
Não percebemos a distância e o desvio natural das posses
Como na fantasia não é uma luta pela razão
Somos também uma emergência simbólica
Um constante querer dizer algo travado na garganta
Uma melodia que não chega a todos
Num disco em que sobra pó
A porta aberta é aquela que mais nos apaixona
José Gomes Ferreira
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