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Isto de morar e dar aulas entre duas cidades, respectivamente dos Estados do Rio Grande do Norte e Paraíba, a quase 280kms de distância e sem um serviço regular de transportes é uma aventura. Resta mesmo planear com hipótese de um plano B. Viajo no Blablacar, uma espécie de Uber de longos percursos, mas que dá total autonomia ao motorista.
Para a viagem de hoje o motorista avisou ontem à noite que teria de cancelar a viagem. Normalmente nem avisam. Tenho viajado com este motorista acredito que falou verdade. Estava a viajar "com tempo", pelo que não foi grave, mas queria regressar hoje. Dou aula amanhã à tarde e não gosto de andar a correr. Depois de duas tentativas sem sucesso um outro motorista guardou uma vaga para mim, curiosamente irmão do primeiro, mas que realiza o percurso em sentido contrário. Como reservei pela aplicação, mas 1min antes enviei mensagem pelo WhatsApp acabou correndo tudo bem. Já são muitas viagens, acabo por conhecer muita gente.
No momento da partida lembrei-me dos vários pontos de ligação estruturais que cruzei nestes praticamente 9 anos no Brasil. Ao chegar lembrei-me também de um momento em que saí da terra, na verdade o primeiro, numa viagem de fim de ano do Ciclo Preparatório, lá por volta de 1977. Se bem lembro passámos no Buçaco, fomos a Mira, Gafanha da Nazaré e Aveiro. Visitámos a Vista Alegre e uma fábrica de conserva de atum e os fios de ovos em Aveiro.
Quantos aos pontos de ligação desde Janeiro de 2016 já são muitos. Uma boa conta de aeroportos: Lisboa, Natal, Recife, Fortaleza, 2 no Rio de Janeiro, Guarulhos em São Paulo, Campinas, Montevideu, 2 em Lima no Peru, uma em Arequipa Peru, Santiago do Chile. Passei umas horas noite dentro no Aeroporto de Córdoba na Argentina mas não sai da área de embarque. Além dos aeroportos as estações rodoviárias foram outros pontos de ligação. Além das portuguesas devo adicionar Salamanca. Fui uma vez para um congresso e outras em visita rápida, o mesmo aconteceu com Cidad de Rodrigo. A Norte de Chaves cruzei a fronteira para ir a Oimbra (sim, existe com esse nome). No Brasil lembro sobretudo das rodoviárias de Natal, João Pessoa, Recife e Campina Grande. Fiz dezenas de viagens para o interior, mas não necessariamente de autocarro.
As imagens reportam-se a dois pontos de ligação nas duas cidades desde vai e volta. Uma com o que poderei chamar por aqui com lanchonete da Van. Não é bem móvel, só se desloca uns 5 metros, pois quando é muito cedo tem uma pessoa a vender salgadinhos e café a partir da mala do carro, que fica nesse local. A outra imagem não é bem o ponto de chegada, a rodoviária fica a 2,5kms, mas é o ponto central da cidade e pertinho aqui do lugar onde fico, é o açude Velho, poluído mas lindo.
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