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Coloco os discos em modo repetição
Não que rode apenas os decibéis sem uma escolha deliberada de canções
Não quero sentir a inquietação da paragem
Olho o espelho e só no olhar já mudo
O coração também terá mudado com a terra
E com o relampejar escondido nas cortinas
É mais do que desejo todo trajecto
Tem um rio que se avizinha e me desconhece
Andam peixes livres a celebrar a natureza
Correm como eu, na pressa do que pode melhorar
Troco a saudade pela imaginação
O amor que penso perdeu as insígnias
Não vive mais das utopias e promessas
São os sorrisos que quando se cruzam acrescentam luz
Tal como as corujas subtis no aparato das tocas
E na liberdade oculta dos verdejantes cajus
Deixo a noite escolher se me quer em êxtase ou tranquilo
No remexer das horas que se arrastam
Ou na felicidade de alcançar a paz das estrelas
José Gomes Ferreira
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