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A névoa cobre as margens do rio
E sobe a encosta como lenço branco
Envolvente como laço de ternura
Como abraço forte e presente
Faço as pazes com o horizonte
E com o olhar calmo do Inverno
Serras e rio transparecem em vénia
O meu rosto brilha em agradecimento
Quero tanto apertar os sentidos
Dizer a quem revejo que estou por cá
Ainda não cruzei os caminhos
Aqueles em que se marca a passagem no pó
E se escuta o esvoaçar dos pensamentos
Como palavras ditas no respirar profundo
O semblante dos elementos é belo
A luz da manhã arrasta também aromas
Memórias de gente que partilho
Cores de todos os lugares a que chego
Saudade é também reviver os instantes
Refazer as representações e as vivências
José Gomes Ferreira
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