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Provavelmente a chuva deixou-nos nesta temporada. A Primavera chega em breve ao Hemisfério Sul, mas o calor já se sente no Nordeste. O Sol verticaliza os raios e os poros soltam matéria. O verde da paisagem ainda é dominante. Aves e gado co-habitam em redor de charcos e lagoas, cortando as sonoridades e cores. Apetece parar e recortar os instantes. Não deixar que chegue a estiagem e o lamento. Podem ver-se pequenos campos de milho de palha quase seca. Foi da colheita usada para as espigas das festas de São João. No litoral, grandes máquinas cortam extensos campos de cana-de-açucar. Camiões com três atrelados enchem as estradas. O azul é agora mais aquecido. Alguns incêndios mancham a paisagem. As amplitudes já não combinam como milho e feijão. A temperatura caminha para uniforme. Os rostos brilham mais, mas evitam expor-se tanto à luz. O suor matura no corpo, pode gerar repulsa. O silêncio ainda caminha lado a lado com os pensamentos. As viagens não são apenas de quilómetros e contrastes, chegam também nas memórias e ritmos. Todo mundo diz bom dia e eu respondo.
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