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Os dias são espremidos nas janelas
Escondidos nos raios de um Sol movediço
E na utopia do regresso à origem
Escuta-se a velocidade dos corações
E a pressão por qualquer fortuna
A brisa alimenta a escolha das conversas
Deixa o corpo tremido na temperatura
E no fulgor de qualquer passo futuro
Como que a desenhar as estações
E o movimento perpétuo da assistência
Nas mesas repete-se o ritual do café
Com pausas flutuantes à espera de quem trabalha
De quem prescinde das conversas sobre o rumo a seguir
Explodem as amplitudes na memória das velhas
Cujas disputas são sobras da história
Lembram as formulações do Santo Ofício
E os olhares resolvidos na romaria das praças
Corremos mundo com o mundo aos nossos pés
Não se trata de inversão de papéis
Apenas da aspiração por sacudir a pressa dos anos
E chamar felicidade ao embalo da segregação
José Gomes Ferreira
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