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O vento não surpreende as mãos frisadas
E o rosto destacado na curta barba
O Sol de Inverno empalidece as farturas
Só não acentua o tom na pele vestida
O olhar percorre a névoa que por vezes oculta a alma
E deixa a melancolia cercada nos contornos das serras
As ruas chegam a parar, sem vivalma e suspeição
O coração bate no corrimento forte dos pensamentos
As próprias aves concentram-se nas árvores de cultivo
Uma vez por outra circula um carro em inversão
E um qualquer tractor a esconder o abandono da agricultura
Quem mais ganha voz são os galos da madrugada
Não se escondem da brisa e da escuridão
Tudo mais o silêncio alcança no sortido das horas
Portugal deixa fugir a saudade do campo sem nunca acenar no adeus
José Gomes Ferreira
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