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Não te culpo e não te arrasto
És brisa que pode acariciar o meu rosto
Não te peço perdão e não me rebaixo
O tempo não cura, mas constrói novos lembranças
Se tiver mistério está no passar dos anos
Na construção de novas histórias
Não adianta qualquer tipo de competição
Nem ofender as memórias
O que lá vai já passou
A única coisa que importa é viver o momento
Subir no alto das montanhas e respirar
Abrir as cancelas para cruzar o campo ainda imaculado
Sorrir com as imagens que se colocam
E com tudo o que destino e a coragem permitem
Não te culpo nem te trago no peito
A melancolia estraga o ordenamento das sobrancelhas
E altera o sabor dos beijos remotos
Movimentando estruturas leves
Deixando o que foi transformar-se em angústia
Não te culpo ou recordo
Apenas pontuo a presença no tempo
Não quero deixar o calendário em branco
Nem o coração vazio da própria identidade
José Gomes Ferreira
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