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Dia de Finados

por José, em 02.11.25

Cada vez que passo em frente ao cemitério da aldeia a minha alma estremece
E não é a distância física que me leva a esquecer o arrepio
O meu passado repousa parcialmente ali
A dor da ausência lançou em mim uma força celebrativa
Uma travessia em busca de paz e orgulho
Não são apenas lágrimas de saudade e afecto
É quase tudo o que me chegou nesse mundo
Do aparato da nascença à magnitude do cuidado e da educação
E a própria veneração magnânima dos ancestrais nas suas oportunidades
Aperto forte o coração e quase congelo de respeito
Tem momentos em que entro e estendo a face à localização dos familiares
Contam-se muitas histórias sobre a vida para além da morte
Mas o que em nós fica é uma perda irreparável determinante no correr dos dias
O ciclo da vida anda esgotado no sucesso das trajetórias
Quando o que importa é encher de luz o caminho
E abraçar conscientemente todas as ligações
Somente assim veremos no brilho das estrelas sinais de conforto

José Gomes Ferreira

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publicado às 14:20



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