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Encosta abaixo os aromas arrepiam as lembranças
O rosmaninho e o alecrim trazem também colorido ao olhar
Tal como o Sol que projectar a vida para a foz
O céu azul completo satisfaz o quadro
A terra cheira ainda a chuva verde com pétalas floridas
O olhar perde-se na diversidade de focos e vibrações
Dos sulcos corre ainda água pura para o rio
O granito é abraçado e ao mesmo tempo superado
É despido pelo vento e pela chuva e vestido pela intensidade da vegetação
Borboletas e lagartixas mexem-se no paradoxo
Aumentam a beleza do quadro pintado
Assim como os pássaros que preenchem o som até às serras
A alma viaja e ilumina-se no recorte da perspectiva
A marca dos sapatos diz que estivemos ali
E levámos brilho nos olhos e gratidão na contemplação
José Gomes Ferreira
* A imagem de outros anos é das encostas/margens do Mondego.
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