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Não se trata apenas de trilho e obra do destino
É emoção, reacção e crença
Nos anos percorridos chorei muito pelas perdas
Mesmo que por vezes escolha a alegria de contemplar o horizonte
Ainda hoje o meu coração bate com falhas a deflagrar partidas forçadas
Incrédulo com a aceitação da subida das almas
E a espreitar a resignação da força do ciclo da vida
Talvez esse seja o traço que mais marca o meu silêncio e reforça a beleza que é manter viva a memória
Sem esquecer a interrupção da interacção e pertença
Mas reforçando as raízes e fundamento dos vínculos
Também já chorei pelas ausências
Senti a distância dos afectos e laços
Deixei cair lágrimas de saudade
Quis abraçar e apenas mantinha a força
Quis admirar o bem que me faz o contacto directo e apenas tinha imagens
Chorei a rir e a lembrar
Como rua e valeta unidas
A chamar a felicidade e a manter do sonho a miragem
Senti igualmente a dor das rupturas
Vinda da aceitação de erros e decisões
Sem direito a adeus
Apenas com permissão para cada um continuar o seu caminho
Hoje também me comovo com a incerteza
Certo de que sem história, sem luta e sem amor somos invisíveis
José Gomes Ferreira
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