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Clima e religião

por José, em 21.01.24

Deus e a meteorologia não devem ter uma boa relação
Existe um princípio de resignação universal
Se chove é porque Deus é grande e as nossas preces foram atendidas
Se não chove estamos nas mãos de Deus
Se a seca é severa ou a chuva é muita pode ser castigo de Deus
Mas Deus é misericordioso e não se esquece de nós
Para qualquer previsão só Deus é que sabe
Se o clima muda por gula humana, como fica Deus nessa embrulhada?
A crença alimenta a esperança e embeleza a festa
Não podemos é lavar as mãos e deixar de agir com obra e consciência

José Gomes Ferreira

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publicado às 10:42


5 comentários

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De Sofia a 21.01.2024 às 11:10

Que texto maravilhoso, gostei muito de o ler, obrigado.
Votos de bom domingo.
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De José a 21.01.2024 às 18:21

Muito obrigado. É um tema que sigo por enraizamento popular e por interesse científico. A minha mãe sempre que ligo ou estou com ela usa essas expressões. Nos últimos anos tenho acompanhado o fenómeno no Nordeste brasileiro, sobretudo no interior semiárido, região onde religião, ciência e práticas ancestrais se cruzam no momento da chegada das águas e igualmente nos chamados "profetas das chuvas". Cresci na Beira Alta e a minha avó entendia um pouco do tema só de olhar para o céu. Bom domingo, obrigado.
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De Sofia a 21.01.2024 às 19:23

Que bom, a sabedoria dos ancestrais é magnífica ainda bem que alguns ainda registam as informações e ensinos para que não se percam. Bastante interessante o que refere, esse equilíbrio entre ciência e sabedoria popular, mas que muitos esquecem que são pilares que se complementam e não arqui-inimigos.
Votos de resto de bom domingo.
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De José a 21.01.2024 às 19:57

No Nordeste algumas práticas são semelhantes às portuguesas, o que resulta obviamente do processo de colonização, só não tem partilha da água dada a dimensão dos territórios. Mas tem o que chamam "sangrar" ou "sangramento" das barragens que em muitas cidades é incorporado como festa religiosa, conheço uma cidade na qual fizeram uma procissão à barragem com a padroeira. São cerimónias com uma carga simbólica muito forte independentemente da religião de cada um. Sangrar refere-se ao transbordar das águas em áreas com um enorme histórico dos efeitos de secas severas. Resto de bom domingo.
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De Sofia a 21.01.2024 às 20:07

Muito obrigado pela partilha não conhecia essa prática.

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