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Talvez tenha a ver com o início dos acontecimentos
E o padrão que perscruta a nossa acção
Não me refiro a qualquer ideia de Criação
Nem ao choque entre os crentes e o Criador
Apenas ao ponto de partida para a cidadania
E ao sopro do vento que nos coloca nos trilhos da normalidade
As afirmações que nos servem de consolo
O ciclo da vida não é apenas um impulso
Anda focado na frugalidade após a romaria de suor
O problema nunca foi da adesão pela fé ou pela marginalidade anónima
Andam mirones à janela a espreitar os nossos desvios
Vozes que esgostam as possibilidades do nosso futuro
Na celebração seguem o juízo dos transeuntes
É necessário cautela na escuta
O moralismo pinta as paredes com rostos de sucesso
E deixa a calçada crua para a suposição dos tempos
Fica quem se limita a circular e acende uma fogueira
Não é preciso escolher o charme para desfazer barreiras
O amor também se omite na sobriedade de classe
José Gomes Ferreira
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