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Tantas vezes o amor é um rótulo de classificação
A utopia clássica em que ambos vivem felizes para sempre
Sem que se experimentem no quotidiano e no desejo
Sem mesmo que se encontrem na existência fora da idolatria do romance
Fora da individualização do sonho e das representações sociais
Esse é um amor de fantasia e anseio
Não se pode concretizar sem espelhar o outro
Sem reconhecer o outro na alegoria do sentimento
O amor é mais do que a narrativa das sobrancelhas
O piscar do olho à imaginação e ao empurrar cósmico
Necessita de se alcançar através do afecto e da reciprocidade
O amor não é o que eu quero ou o que tu idealizas
Também não se reduz à formalização do enlace
Amor é sentimento baseado no vício da sintonia
A soberania da vontade expressa na sedução dos gestos
O prazer, o fluir e o cuidar em concluiu com a felicidade
José Gomes Ferreira
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