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Alarmes

por José, em 14.11.23

Escuto ainda o contacto com o granito
Sou da geração do ferro e da madeira
Os meus antepassados usavam tamancos
Feitos em base de madeira dura que fazia eco na calçada
Outros andavam ainda descalços, o seu silêncio era escutado no sopro do vento
Já as rodas das carroças e dos carrinhos de mão eram de ferro cru
Acordavam os bebês e os fantasmas
Como que trituravam as areias na fricção
E deixavam o peito aflito com qualquer desnível
Quase imitavam o toque do sino da Igreja
Por vezes o aro de madeira acabava desfeito
No caminhar a pé ou no movimento das carroças era possível adivinhar quem vinha
No lançar de cada pé e no ajeitar do peso do corpo
Na carga e construção do veículo, adivinham-se os transeuntes ao longe

José Gomes Ferreira

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publicado às 23:34



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