Poesia na Carne

A água da fonte corre fresquinha
Sacia ao gelar a garganta
É a maravilha exposta na hora
Dispara o amor e a fantasia
A natureza é bela e plena
No jeito e na identidade
Limpamos os lábios molhados
No coração o perfume a saudade
A torneira é dourada
Tem fios de luz que atravessam as moléculas
A água corre e completamos as frases
Dá ideia que falamos sozinhos
Mas na fonte param muitas almas encantadas
Visitam os herdeiros com um sorriso
Mesmo que nem um adeus seu fique
A água corre e agradecemos
Produz tanta felicidade que fechamos os olhos
Veneramos o seu lugar na vida e nutrição

José Gomes Ferreira