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O vento sopra de suspiro
Retirando o pó aos enxovais
É bem capaz de polir os conceitos
E fazer aluir muitos padrões
Arrasta as folhas secas na calçada
É também capaz de mover ideias
E juntar multidões em acção
Tem também vida no espectro de cores
E na leitura do feixe de luz
Esta última corre toda a história
Medida sobre a imensidão das paisagens
Abraça a várzea escolhida para prosperar
Contorna as montanhas de onde brotam as águas
Acompanha os crentes na ida à missa
Não falta a audição dos elementos
Escutam-se vozes sobrepostas
Homens e mulheres que dialogam fora do radar
O chilrear cativo com diversas sonoridades
A orquestração quotidiana do sublime
Muitos suspiros alcançam o céu e o futuro
Algumas interrupções mecânicas do silêncio
Com o trânsito tímido que circula pela manhã
José Gomes Ferreira
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