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Vamos aguardar por esse dia

por José, em 18.11.25

Caímos na ignorância por camadas e carregados de informação. O cérebro flácida aceita até entulho de obras. Finge aceitar a denúncia de quem grita, interpretando ataques de raiva como argumentos para levar o país para diante. "Ah agora é que vão saber o que é desenvolver o país", dizem após deixarem de regar o cravo na lapela. Tem quem chore de saudosismo e jure ver os pastorinhos de Fátima a falar com o ditador. São os mesmos que acreditam que eram felizes na pobreza, humilhados pelo sentimento de nada terem, apenas o dever de obediência.
Andamos com dificuldades de discernimento. Os anos na escola parecem ter sido anos perdidos. Já não sabemos que 1+1 é 2, também não imaginamos que 1+1 pode ser o que se quiser. Não imaginamos qual o maior rio de Portugal, o que para esses desconhecidos pouco importa, também não sabem que o país está por cumprir, mas se modernizou nos últimos 50 anos. Guardamos a alma de taberneiros, servimos o vinho num copo de zinco untado com borra para que não se transforme em espelho da própria alma. Ainda gritamos "Oh Zé, não bebes? Beba essa porra pá". O mesmo se aplica à sede de notícias, alguém nos diz "Aceita que é verdade, o gajo ainda vai governar isto".
Triste povo que perdeu a aura da insubmissão, converteu o pecado em projecto de vida e o berro contra os animais do vizinho que invadem a hora em declaração política para passar nos telejornais. A denúncia dos problemas é sempre bem-vinda quando trazida para o diálogo harmonioso. Romper o sistema não se faz sem ideias. Qualquer estratégia de desgaste vai ter efeitos invertidos. Mas, mais importante, os portugueses merecem respeito. Os novos políticos têm velhos hábitos, com a particularidade de se apresentarem como funcionários a reclamarem serem cobradores do fraque, com uma aura devota a imitarem o sacristão.
Perder o discernimento não é resignar face aos dogmas em leilão. Política e religião são cada vez mais como o futebol. Exigem o pagamento de quotas e a permanência para aplauso durante a homilia. A nossa capacidade de olhar as dificuldades não se pode colocar entre o desejo de aderir a uma greve geral e babar no balcão da mesma taberna por ordem de chefe supremo. Que se faça silêncio por horas, talvez se escutem os eleitores na votação para a presidência do Benfica. Quem sabe se escondem os sussurros dos amantes e a distribuição de vagas na administração pública. Pensamos estar a fazer história, mas a nossa fraqueza irá doer-nos no futuro, enquanto os eleitos se vão espraiar na opulência. A democracia também erra. Acredita que a cidadania nasce de geração espontânea e que perante esse facto é só arregaçar as mangas e construir um país. O problema é a exposição ao retrocesso. Quem não viveu o passado acha que perder todo o pudor substitui a falta de ideias e a falta de construção de margens de diálogo. Gostaria de ver saídas, resta acreditar no efeito moda. Um dia o idolatrar da idiotice será reconhecido como alienação, quebra de juízo e condição, fraqueza por influência da ocasião. Vamos aguardar por esse dia.

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publicado às 09:50

Sopas de cavalo cansado

por José, em 18.11.25

Anda muita mentira em alarido
Pior de tudo são as narrativas que prendem
Tem quem use histórias artificiais
Estabelecem enredos que parecem gente
Por vezes de histórias de amor, falsas histórias
Mas também histórias de heróis e heroínas
Tudo para ganharem seguidores
Sou do tempo de escutar histórias verdadeiras
Uma tia-avó contava muitas
Uma vizinha relembrava a letra de velhas canções
Eu mesmo vivi muitas histórias
Nunca andei de cavalo
Mas consumi muitas sopas de cavalo cansado
A memória oral também acrescentava alguns pontos
Ainda assim a lentidão dos dias expunha a verdade

José Gomes Ferreira

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publicado às 02:32

Xenofobia, não

por José, em 17.11.25

Dizem-se crentes e respeitadores
Com os seus Deuses como padrão
Porém são também pecadores
E ignoram o significado de compaixão

Dizem-se patriotas e defensores
Dos valores morais e da nação
Não passam de opressores
Que querem dar razão à sua razão

Estranho Portugal de tantos ódios
País que sempre foi de emigrantes
Com antepassados em diversos pódios
Sempre respeitaram os seus semelhantes

Quando a ideologia prospera
Tem quem dê ouvidos à propaganda
Julgando tratar-se de paquera
Passam a integrar a mesma banda

Precisamos inverter as mensagens
E garantir as boas-vindas na recepção
Até porque em outras paragens
Esperam que se tenha senso e coração

José Gomes Ferreira

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publicado às 09:56

Correria de 2025

por José, em 16.11.25

Como diz o povo este ano de 2025 está a ser "um ar que lhe deu". Lá pelo meio foi uma aflição, felizmente tudo se resolveu e os dias têm continuado, cada vez mais rápidos e intensos, quem sabe a pedirem ponderação. Este a viajei para Curitiba e São Paulo, estive duas vezes em Portugal, morei metade do tempo em Campina Grande, a outra metade a Natal, com idas a Mossoró e duas vezes a Pau dos Ferros. A produção científica também foi muita, algumas coisas devem sair até ao fim de ano. O regresso à UFRN como professor visitante foi o facto mais marcante. Tenho escutado com atenção as vozes que me dizem que a vida não é só trabalho, o problema é que, além de gostar do que faço, necessito ganhar a vida. Qualquer reforma/aposentadoria que venha ainda leva tempo e o valor não será muito alto. O que mais constrange sempre é como acompanhar o envelhecimento da minha mãe, pois mesmo estando em contacto permanente nada substitui a presença e o cuidado. Quem leva vida de emigrante sabe o quanto custa a distância e a empatia da saudade. Nas palavras dos outros tudo parece fácil, mas cada um sabe de si. Se levo a vida com poesia não é por me interessar mais. É a minha forma de chegar, uma oração carregada de destino, sensibilidade e luta. Ter ultrapassado 60 anos em Fevereiro leva-me a mais ponderações, mas por agora este é o caminho. Apesar de todos dos apertos nada tenho que me leve a queixar-me, pelo contrário sinto-me grato pelo apoio nesta trajectória. Nada acontece por acaso e não estou só nesta luta, ainda que o meu percurso seja singularmente solitário. Mas tudo isso é um desígnio, uma porta que encontrei aberto, como o janela lá de casa, pequeno mas dá para enxergar a rua e o futuro.

Espero que no Natal sejam possíveis vários reencontros, se bem que tenho programação adicional, mas vai dar certo. Até lá a correria ainda vai ser muita. A aldeia da minha Beira Alta está sempre presente, tal como a memória e o afecto.

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publicado às 18:19

Calmaria

por José, em 16.11.25

O vento sopra nas laterais
Como a saudade nomeada
Tão presente nos dias correntes
E na espera longa do abraço
Sopra o vento e o cálculo é interrompido
Os murmúrios escolhem o silêncio
Tal como os pensamentos que dão a volta ao coração
Escutam-se as rajadas no céu azul
O abanar das árvores e as folhas soltas na calçada
Os pássaros não se lamentam
Alimentaram-se mais cedo
Quem sabe foram à missa de domingo
O que mais se escuta é o olhar que penetra na distância
A audição da memória trazida por uma criança
No encalço são lançadas algumas vozes dos vizinhos
Surgem como orquestração de fundo
Não se decifram na definição de calmaria
Sopra o vento e a consciência tranquiliza
Espalha alguns desígnios pela superfície da Terra

José Gomes Ferreira

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publicado às 11:51

É quase Natal

por José, em 15.11.25

É Natal e não me disseram
Não avisaram da situação
Os comerciantes não se opuseram
Sou eu que sofro do coração

Tanta gente de sentinela
A espreitar a vida alheia
Não largam o parapeito da janela
Parecem formar uma colmeia

Ainda assim ninguém me alertou
E definiu o grau de prioridade
É certo que o novo ano não chegou
O problema está em aceitar tal brutalidade

Corro tanto o ano inteiro
Que rapidamente chega o Natal
Não dou conta que preparam o madeiro
E eu nem curti foi o Carnaval

José Gomes Ferreira

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publicado às 22:33

Dar valor à vida

por José, em 15.11.25

Tudo agora é tão rápido e apertado
Sem senso de identidade
Num instante está tudo mudado
Sem se reconhecer a verdade

A vida é tão digital e moribunda
Que os muitos laços são poucos
Qualquer memória é uma coisa profunda
E é cada vez mais coisa de loucos

A saudade como vontade do coração
Tem agora dificuldade em existir
O que importa realmente é a navegação
Em que sem chegar estamos sempre a partir

É tão difícil assim se criar raízes
E dar tempo para conhecer o amor
Na vida insistimos em ser felizes
Temos dificuldade em lhe dar valor

José Gomes Ferreira

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publicado às 22:04

Viver em paz

por José, em 15.11.25

Também se navega por dizer
Não por qualquer trauma
Vivência colada no passado que não sai
Não é nada disso na certeza
Muito menos na vontade e caminho
O certo é que tem memórias que permanecem
Não necessariamente pelo galanteio
Como borra de vinho no fundo da garrafa
Pó preto do café retardado na chávena
Também não é remorso ou rancor
O coração que esquece nunca amou
Não existe aí igualmente nada mal resolvido
Apenas não se podem apagar os acontecimentos das narrativas da vida
Não tem vassoura que se preste a esse serviço
Nem a ocultação melhora a compaixão e lucidez
Vivo no presente em paz com ontem e o hoje
Somente não ignoro a descontinuidade da construção

José Gomes Ferreira

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publicado às 21:47

Tempestade

por José, em 14.11.25

Enchem as ribeiras
Engolem os torrões
E geram espuma e aflição
Invadem os lameiros
Sobe a água nas casas
Fecharam os olhos à construção
O leito é de cheia
Não é para erguer habitações
A mudança do clima exagera a tempestade
Ainda assim persistem outros problemas
A rede de esgoto não aguenta as águas pluviais
O lixo entope o escoamento
As calçadas estão com obras
Os carros atafulham os projectos
Morreu um casal na intempérie
Fica a dúvida se a emergência é adequada
Se devo acudir primeiro aos efeitos do clima
Ou se devo fazer o que por décadas não foi feito
Tenho uma única certeza
Precisamos agir hoje antes que mais corpos sejam apanhados a boiar
Sabem que depois ninguém será culpado
A irresponsabilidade não pode combinar com ignorância

José Gomes Ferreira

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publicado às 22:04

Amor representado

por José, em 14.11.25

O amor nada tem de natural
A empatia e o respeito sim
O amor é uma utopia
Uma construção social
Um simulacro para definir relação íntima
Se assim não fosse não obedecia à moral e à estrutura
Às induções da religião e da política
Não obedecia ao horário da missa e do futebol
Não haveria amor proibido por pertença de classe ou sexualidade
O mesmo acontece com a paixão
É seduzida por palavras e olhares
E colocada na dança das restrições
Dizem mesmo que a paixão pode ser doentia
Quando na verdade tudo isso são representações
A paixão é o exagero da luta
O romancear do encanto e da melodia
A sorte que os loucos têm
No equilíbrio que o charme anoitece
E a certeza sempre adia

José Gomes Ferreira

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publicado às 19:53

Outros tempos

por José, em 14.11.25

Sou do tempo dos sonhos
E de acordar antes de amanhecer
Sem escolha para guardar cães danados
Nem dizer que não às atribuições

Sou do tempo do amor perpétuo
E do tremer da barriga de paixão
Da noite guardada a remoer
Na disposição para acordar ser dia

Sou do tempo dos beijos escondidos
E do labirinto sem permissão
Dos caminhos abertos no mistério
Em que tudo era novo conhecimento

José Gomes Ferreira

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publicado às 02:34

Amor, amor

por José, em 13.11.25

O amor tranquilo é uma fantasia
Vive em regime de comodato
É o sonho alcançado no conformismo
Obedece ao aborrecimento

O amor formal é um solavanco
Não passa do aprisionar do conceito
É uma relação social para cumprir o ciclo
Uma vontade reprodutiva para evitar a solidão

Um grande amor é uma travessia
A sintonia imperfeita da paixão
A própria história que o romance narra
Chega a ser transgressão ao ser genuíno

Um grande amor tem restrições
Proibições de valores e formas
Não responde à elegância e recato
Nada tem a esclarecer na miragem

José Gomes Ferreira

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publicado às 03:15

A liberdade assusta

por José, em 13.11.25

A liberdade assusta alguns
Receiam pisar em areia movediça
Como receiam não ter chão
O risco de sentirem os pés descalços também assusta
Toda a rotina é conforto
Sair da linha dos dias causa pavor
Crescer assusta os destemidos
Não admira que a necessidade melhor o jeito
Não é o engenho e a arte, mas sim a emergência
A liberdade responsabiliza
Obriga a ganhar os sustento
Tal como obriga a ter coragem quando todos se calam
Ser livre não é apenas ter autorização para falar ou agir
É ter voz e palavras quando são reivindicadas
Ser livre é fazer uso da indignação
E reconhecer que o objectivo não é agradar

José Gomes Ferreira

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publicado às 02:54

Delírio

por José, em 11.11.25

O lugar mais profundo a que se chega é no pensamento
A luz ao fundo do túnel é sempre a do afecto e da memória
A da esperança e das virtudes
O coração é onde cabe o sonho e o impulso
É belo na diáspora da vontade
Não pode é juntar-se à promessa e ao prazer
Somente a alma agrega e nos completa
Chama-nos em êxtase ao mesmo tempo que nos pede sensatez
Mostra-nos o silêncio que conforta e aconselha
Revela a luz que gera as nossas vidas
A energia positiva do corpo e do semblante
Se tudo fosse amor e reflexo seria espírito
Catarse sensual e óptica da reciprocidade
Dança entendida nos lábios
No sopro que seduz o toque, as carícias com aroma sensual
A voz a tocar as pálpebras e as palavras
Seria delírio pelo concretizar do desejo e da emoção

José Gomes Ferreira

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publicado às 23:33

Bota-abaixo

por José, em 10.11.25

O português genuíno adora um bota-abaixo
Quanto mais próximo nos laços mais desafiador
Tem bota-abaixo dentro das famílias
Tem bota-abaixo entre amigos chegados
E tem o bota-abaixo clubístico
Esse característico dos chamados treinadores de bancada
Sem esquecer o bota-abaixo entre vizinhos
Que agora não comparam galinhas, mas babam para mostrar o carro novo
O bota-abaixo é quase uma arte herdada por gerações
Aperfeiçoada no acompanhamento diário
Pode resultar de insegurança de quem o pronuncia
Também pode derivar de frustrações ou inveja
O que é certo é que lembra boi com arreios
Não se largam quando querem expressar admiração

José Gomes Ferreira

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publicado às 21:05

Repensar as crenças

por José, em 09.11.25

Respeito a fé e até aceito a resignação
Ainda assim custa-me ver tanto lamento
Em vez de qualquer transformação
O povo pede misericórdia no sopro do vento

Não se ficam pelo lavar de mãos
Querem fazer acreditar na justiça divina
Deixando descrentes outros cidadãos
Ignorando mensagens por disciplina

A religião é selectiva no perdoar
Além de proclamar o que não cumpre
Tem crentes que ignoram o que é amar
E insistem no que se deve fazer sempre

Uma coisa é a crença de cada um
Outra a manipulação das igrejas
Tem até o caso do falso jejum
Trocado por algumas cervejas

José Gomes Ferreira

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publicado às 23:56

Caminhada matinal

por José, em 09.11.25

Agora que estou essencialmente em Natal volto às minhas caminhadas matinais. Hoje já sai com o Sol alto, embora fosse apenas 7 horas da manhã. O Verão no Nordeste é quente, podendo haver grandes variações entre o litoral e o interior, entre a serra e os vastos territórios completamente e de estradas com rectas a perder de vista.

Agosto também, mas Setembro e Outubro foram meses com várias viagens. A São Paulo, duas vezes ao Alto Oeste para dar aulas, outra vez a outra cidade para aplicar questionários no contexto de um estudo de impacto ambiental e ainda algumas vezes a Campina Grande, no estado vizinho, para desocupar o apartamento. 

O regresso à universidade a Natal permite-me retomar as idas à praia de Ponta Negra com o simples objectivo de caminhar. Durante a semana caminho muito, uma média de 8 kms, mas é ao longo do dia. Acordar cedo no fim de semana para andar é outra coisa. Faz parte do meu equilíbrio e do combate contra a diabetes. Se chegar no final da praia de Ponta Negra completo 15kms, hoje fiquei-me pelos 10kms. No regresso tenho sempre a paragem obrigatório para uma água de coco. 

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publicado às 18:03

Sobri(e)dade

por José, em 09.11.25

A idade conforta em suavidade
Afaga o coração como quem acaricia o rosto
E sorri com as pálpebras imitando os lábios
Com charme na elegância e respeito pelo conhecimento
Não perde a delicadeza no pronunciamento
A idade tem essa virtude
Escutam-nos sentindo a beleza nas palavras vividas
Quando através delas somos lúcidos
Na objectividade que não fere
Pode ser razão e lição
É também estatuto e convencimento
Continuamos a correr, a fugir do lamento
Mas sem a competição para ocupar lugares
A idade é a simbiose do vinho com o descanso
Com o prazer das palavras ditas à lareira
E o brilho que transcende a luz do Sol
A idade é o que sentimos e regulamos
O vórtice da imaginação no sentimento escolhido
Não pode haver pressa, remorso ou mesclar de fracasso
O avanço da idade é por si uma conquista
Não é qualquer manobra da estrutura e do sonho
É o resultado do caminho e do mistério

José Gomes Ferreira

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publicado às 18:02

Vivências

por José, em 08.11.25

Desde órfão no silêncio recluso
Sempre me viram a olhar a Serra e o rio
A interpretar o que poderia ser solidão
Para além do sentimento e feições
Sempre foi igualmente a própria condição
O isolamento nunca foi escolha
Sempre foi isolamento na pertença
Isolar na leitura e definir da observação
No não resignar às diferenças
A subserviência não se elimina na concordância
Havia para elucidar as referências
O crescer como filho de A ou B para definir liderança
Nunca competi para encabeçar a família ou qualquer grupo
O conhecimento e identidade estavam à frente
A luta não é por vencer ao cortar ao meta
As etapas são vividas com elegância
A maior vitória é o legado e a lembrança
Definindo como critérios chegar onde chega a luz
Deixar na aprendizagem o recorte do caminho

José Gomes Ferreira

* Ando um pouco nostálgico, não é grave. Faz parte da saudade dos afectos, das paisagens e vivências. Gosto muito de estar aqui, a saudade é um reforço na energia e paz.

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publicado às 19:07

Predicados

por José, em 08.11.25

O Sol cura
O silêncio cura
A lembrança cura
A empatia cura
A música cura

O remorso mata
A ignorância mata
O esquecimento mata
O ego mata
Dar ouvidos mata

A liberdade transforma
O respeito transforma
A reciprocidade transforma
A verdade transforma
A leitura transforma

José Gomes Ferreira

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publicado às 14:03


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